Self Portrait

Self Portrait

Monday 20 January 2014

Aranel 

O vento seguia, apressado - mais apressado que nós, que já corríamos. Podíamos encher várias chávenas de café com chuva, se espremêssemos o cabelo. Depois aquecíamos a água, bebíamos tudo e enchíamos as chávenas com açúcar. Falávamos sobre castelos na areia e sobre as ondas que estão por vir, sobre nuvens mais negras, sobre pele. Partilhamos luvas no inverno, ou meios bolsos. E uma estrela brilha - brilha sempre. Hanta.


4 comments:

  1. Ellen Síla Lúmenn'omentielvo!

    Ela sentava-se pensativa olhando em frente de olhos vagos e eu tentava lê-la como leio tantos livros de fantasia. Mas ela não passava por letras em páginas amareladas pelo sol. Não era uma história de fantasia. Ela era tudo aquilo e muito mais. Era as folhas corroídas do livro que espera na prateleira empoeirada sobre uma estrela que morreu e ficou no céu. Ela era um futuro tão diferente da agonia do presente. Sorri por saber que ela era para mim um livro aberto sem capa.

    ReplyDelete
    Replies
    1. Nai tielyar nauvar laicë ar i súrë tulyuva le, tenna vélalvë ata

      Delete
  2. Sob as abóbadas de Varda, prefiro partilhar mangas para jogar às escondidas com o frio.

    ReplyDelete

I'm empty, next to a body that doesn't move. Fill me with words. I love you.