Self Portrait

Self Portrait

Saturday 14 December 2013

"Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso."

Fora chamada pelo livro e, por alguma razão, deparara-se com esta página marcada. Leu este poema e mais alguns, até o "Tábua" - que não dizia nada. Ou então dizia tudo. Uma página em branco pode ser tudo, pode ser nada. Mas tinha nome. Não podia ser só nada. "Só" não. "Só" é muito. "Só" não é nada.
Descobriu assim uma maneira de comunicarem, quebrarem o véu que os separava. Podia, por fim, senti-lo. Todas as barreiras têm falhas, mesmo as invisíveis. Continuava a não estar lá, mas era como se estivesse. Ele, o Só.


1 comment:

  1. Boa tarde,

    Que leitura tão agradável, confesso que gostei bastante e que, com toda a certeza, irei voltar, irei ler e, de certeza surpreender-me ainda mais.

    Gostei muito :)

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