As meias rasgadas, o negro dos sapatos de ponta gastos e uma aranha a passear na barra. Finjo a música, uma e outra vez, as lágrimas escondidas atrás de um lago castanho e os pés em sangue, a pintar sorrisos abstratos, que ninguém vê, de verdade, mas aceita que estão lá. A aranha mexe, a brisa arrepia-me da cabeça aos pés, levanto-me, mexo-me e gasto as contagens, mas não danço. Não consigo. As ondas beijaram o fogo e o fogo quis repetir
amo de paixão. És maravilhosa.
ReplyDeleteOh, M, não sou, sou vazia. Acho que isso se adequa mais
DeleteÉs tudo menos vácuo!
DeleteQuem transforma pungência em beleza com a tua destreza poética encerra uma alma imensa.
Já morri tantas vezes, agora faço-o acidentalmente. Já não estou intacta. Às vezes estou aqui, outras vezes não, outras não sei...
DeleteYou were kissed by fire when you craved for water
ReplyDeletePor momentos parece que estamos a ver o momento, a sentir a paixão.
ReplyDeleteBrilhante,
Um beijinho :)