Temia a floresta como a floresta a temia a ela. O vento interpretava os seus passos e transmitia-os em sussurros rápidos. Quanto mais se embrenhava entre as árvores, mais pequena ficava - mas mais segura, também. Sendo tão insignificante naquela imensidão de vida, era-lhe mais fácil encontrar refúgio, mais fácil esconder-se em qualquer buraco no chão. O sol aquecia-a simplesmente por existir. Ali, ela era tudo e não era ninguém. Aqui, ela sou eu. As flores caem-me do cabelo e adormecem nas clavículas, embaladas pelos meus passos, quando regresso a casa.
Ela aqui és tu, e a floresta pertence-te, pois não poderia ser de outra forma
ReplyDeleteNão sei se aguento tanto em mim... ou se mereço tudo aquilo que guarda
DeleteHoje também estive na floresta, e bebi do orgasmo de cores e sensações :)
ReplyDeleteA que te soube?
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